"Geralmente se ouve que há entre
vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se
nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais
ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido
dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que
ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se
estivesse presente, que o que tal ato praticou, Em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor
Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que
o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus. Não é boa a vossa
jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a
massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova
massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi
sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho,
nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da
sinceridade e da verdade. Já por carta vos tenho escrito, que não vos
associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente
com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores,
ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do
mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que,
dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente,
ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho
eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão
dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a
esse iníquo." ( 1 Coríntios 5:1-13)
O apóstolo Paulo em sua
primeira carta aos Corintios demonstrou surpresa em saber que um homem,
membro da igreja de Corinto, estava tendo relações sexuais com a mulher
de seu pai. Ao saber dessa aberração comportamental, Paulo manifestou
sua perplexidade em perceber que os irmãos não haviam tomado qualquer
tipo de providência quanto a este grave ato de imoralidade. Vale a pena
ressaltar que o estado de estupefação do apóstolo, se deveu também ao
fato de que nem mesmo os gentios cometiam este tipo de pecado. Paulo
também demonstrou sua indignação quanto a passividade da igreja
orientando os irmãos de Corinto a disciplinar com firmeza o
transgressor, entregando o seu corpo a Satanás, até porque, para Paulo,
era inconcebível a ideia de um cristão cometer tamanha aberração.
Ao final do texto supracitado, o
apóstolo orientou a Igreja de Corinto a ser duro com aqueles que diziam
cristãos, não desenvolvendo com estes nenhum tipo de relacionamento.
"Mas agora vos escrevi
que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou
avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o
tal nem ainda comais."
Segundo o apóstolo um pouco de
fermento leveda toda a massa. Na verdade, Paulo sabia que uma igreja
que relativiza o pecado caminha a largos passos em direção a apostasia,
daí a necessidade de ser firme em seus posicionamentos.
Matthew
Henry costumava dizer que os pecados hediondos de cristãos professos
são rapidamente observados e propalados no exterior. Segundo ele, nós
devemos andar prudentemente, pois muitos olhos estão sobre nós, e muitas
bocas serão abertas contra nós se cairmos em qualquer prática
escandalosa.
À luz destas afirmações fico pensando o que o apóstolo Paulo faria diante dos escândalos de nosso tempo.
Pois é, Paulo diante do pecado
de um homem reprovou a igreja pelo fato que mesmo mediante
significativo escândalo não choraram em fronte tamanha iniquidade. Na
verdade, o apóstolo repreendeu a igreja por sua soberba. Ora, os
corintos em virtude das manifestações variadas dos dons espirituais
transformaram-se numa igreja arrogante e prepotente. Mesmo diante de
fato tão escabroso, nossos irmãos primitivos se achavam os donos do
pedaço, relativizando o pecado e celebrando suas virtudes.
Caro leitor, a igreja de corinto
em muito me faz lembrar a igreja brasileira. Sem sombra de dúvidas,
nosso Senhor pela sua multiforme graça nos tem abençoado. É nítido e
notório que em todos os estados da federação, Deus tem derramado de sua
maravilhosa graça, contudo, também é perceptível que em boa parte da
igreja brasileira o pecado tem sido relativizado simplesmente pelo fato
de estarem ensoberbecidos.
Pois é, em nome do amor, fazemos
vistas grossas aos atos descabidos daqueles que se dizem cristãos. Na
verdade, não são poucos aqueles que movidos por uma espiritualidade
opaca, afirmam que não podemos julgar os irmãos, e quando fazemos isso
pecamos contra o Senhor.
Prezado amigo, não é isso que as
Escrituras nos ensinam. A Bíblia nos orienta a sermos firmes contra o
pecado, como também contra o pecador inconfesso. Veja por exemplo a
atitude de Paulo. No texto em questão o apóstolo é duro em orientar a
igreja de Corinto a não se relacionar com aqueles que se dizendo irmãos
eram devassos, avarentos, idólatras, maldizentes, beberrões e
roubadores. Com os tais, disse Paulo, nem ainda comais.
Isto, posto, fico a pensar sobre
as práticas, testemunhos, doutrinas e comportamentos de pessoas que se
dizem cristãos como Edir Macedo e Valdemiro Santiago. As acusações
contra esses "irmãos" nos fazem ruborecer de vergonha. Confesso que a
cada denúncia, a cada escândalo, a cada briga publica, meu coração é
tomado da mais profunda angústia.
O que temos visto na televisão,
nas redes sociais e em outros meios de comunicação são provas mais que
suficientes para entendermos que estes que se dizem irmãos não os são.
Diante disto, acredito que cabe a Igreja evangélica brasileira emitir
um documento afirmando publicamente que Edir Macedo, Valdomiro Santiago,
e suas igrejas, não são evangélicos e o que protestantismo brasileiro
repudia veementemente os escândalos proferidos por esses senhores.
Na minha perspectiva Valdomiro e Macedo não são nossos irmãos em Cristo.
Na minha perspectiva Valdomiro e Macedo não são nossos irmãos em Cristo.
É o que penso,
Pr. Renato Vargens
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