sábado, 1 de outubro de 2011

Uma Igreja Viva não poupa lugares, palavras... para ensinar

Paulo sempre buscou as sinagogas para alcançar os religiosos. Sempre que Paulo chegava numa cidade, procurava ali uma sinagoga. Sabia que nesse ambiente religioso, judeus e pessoas tementes a Deus se reuniam para estudar a lei e orar. Seu propósito era argumentar com essas pessoas, a partir do Antigo Testamento, que o Jesus histórico é o Messias, o Salvador do mundo.

Paulo sempre aproveitou os lugares seculares para alcançar as pessoas não religiosas. Tanto em Corinto como em Éfeso (Atos 18 e 19), Paulo lançou mão desse recurso. Não podemos limitar o ensino da Palavra de Deus apenas aos locais religiosos. O apóstolo ia ao encontro das pessoas, onde elas estavam. Era um evangelista que tinha cheiro de gente. Estava nas ruas, nas praças, nas escolas. Era um pregador fora dos portões.

Lemos em Atos 19.8-20 que Paulo expôs o evangelho de modo sério, bem estruturado e persuasivo. Ele acreditava na veracidade do evangelho e por isso não tinha medo de enfrentar as mentes de seus ouvintes. Ele procurava convencer a fim de converter, e de fato, como Lucas deixa bem claro, muitos foram “persuadidos”. É claro que os argumentos não substituem o Espírito Santo. Mas a confiança no Espírito Santo também não substitui os argumentos. Nunca se deve jogar um contra o outro, como se fosse excludentes. Não, o Espírito Santo é o Espírito da verdade, e ele não leva as pessoas à fé em Cristo apesar da evidência, mas por causa da evidência, quando ele lhes abre a mente para ouvi-la.

É interessante destacarmos que em Éfeso até às 11 horas da manhã, o apóstolo Paulo trabalhava fazendo tendas e Tirano dava aulas. Às onze, porém, tirano repousava, a escola ficava desocupada, e Paulo deixava o couro para trabalhar com as palavras, durante cinco horas, parando apenas às quatro da tarde, quando toda cidade reassumia o trabalho. Não nos surpreende que Lucas afirme que “todos os habitantes da Ásia” ouviram a palavra do Senhor (Atos 19.10). Pois todas as estradas da Ásia convergiam para Éfeso, e todos os habitantes da Ásia visitavam Éfeso de tempos em tempos, para comprar ou vender, visitar um parente, frequentar os banhos, ver os jogos no estádio, assistir a um drama no teatro, ou cultuar a deusa. E enquanto estavam em Éfeso, eles ouviam falar neste mestre cristão chamado Paulo, que falava e respondia perguntas durante cinco horas, todos os dias. Evidentemente, muitos passaram por ali, ouviram e se converteram.

Em Éfeso, Cristo encorajou seu apóstolo e retificou seu ensino através de sinais e milagres que demonstravam o poder de Cristo sobre doenças, possessões demoníacas e magia. (Atos 19. 11,12). Alguns religiosos ficam desconcertados com essa passagem e tendem a rejeitá-la como lenda. Pois, a atitude mais sábia perante os milagres não é a dos céticos, que os declaram espúrios; nem a dos imitadores, que tentam copiá-los, como aqueles televangelistas que oferecem aos doentes lenços abençoados por eles, mas sim a dos estudiosos da Bíblia que lembram que Paulo via seus milagres como credenciais apostólicas e que Jesus mesmo foi condescendente com a fé tímida de uma mulher, curando-a quando ela tocou a orla de sua roupa.

Éfeso era famosa por suas “cartas efésias”, que eram “encantamentos, amuletos e talismãs escritos”. O fato de os recém-convertidos estarem dispostos a jogar seus livros no fogo, em vez de converter o seu valor em dinheiro, vendendo-os, era uma evidência notável da sinceridade de suas conversões. O exemplo deles levou a outras conversões, pois assim a palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente (Atos 19.20).

However, verse 20 tells us that when the Christians in Ephesus became really serious about their faith and living it out, the Word of the Lord not only spread widely but also “grew in power.” It was at this point that the people of Asia not only heard the gospel but also believed it and began to follow Christ.Pois bem, em Atos 19.20 aprendemos que quando os cristãos em Éfeso se tornaram realmente sérios sobre sua fé e viveram-na de fato, não somente a Palavra do Senhor se espalhou amplamente, mas também "cresceu em poder." Foi neste momento que o povo da Ásia não só ouviu o evangelho, mas também acreditou e começou a seguir a Cristo. That is the challenge for us. Esse é o desafio para nós. Are we really serious about our faith so that it influences, more than that, it dictates the way we live? Será que estamos realmente levando a sério a nossa fé para que ela influencie, mais do que isso, determine a forma como vivemos? Só assim, o evangelho que compartilhamos vai crescer no poder.

Amados irmãos será que as lições contidas no texto de Atos 19. 8-20 são pertinentes à nossa igreja? Diante do tema do mês de setembro desejamos ardentemente ser uma comunidade ensinadora? Pois, com o aprendizado desta passagem bíblica somos desafiados a não perdermos a oportunidade de ensinar a Palavra nos templos, onde pessoas religiosas se reúnem. De igual modo, compreendemos a estratégia dos espaços neutros, como fábricas, lares, salas de shopping, escolas e hotéis. Com vistas a atingir pessoas que, ainda hoje, encontram resistência para entrar num lugar religioso, mas não oferecem qualquer resistência para ir a um lugar neutro. Certo é que os dois anos de ensino diários de Paulo resultaram na evangelização de toda a província.

Encerro com a citação de George Fox: “Que todas as nações possam ouvir a palavra falada e escrita. Não poupe lugar, tampouco poupe a língua ou a pena; antes, seja obediente ao Senhor Deus e desempenhe a tarefa, e seja valente em nome da Verdade sobre a Terra”. É Cristo quem nos chama; também nos dará o poder!

Rev. Carlos Roberto

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